O prefeito recuou e ordenou que seus vereadores votassem o projeto que havia sido adiado ontem (terça-feira) na Câmara Municipal de Feira de Santana. Nesta quarta-feira (28), percebendo que essa atitude prejudicaria boa parte de sua bancada nas próximas eleições, parece que o prefeito sentiu-se pressionado a atender ao pedido dos vereadores e autorizou a votação do projeto de lei concedendo um aumento salarial de 4% aos professores e aos agentes de endemias e saúde. O Projeto que prevê o reajuste de 4% foi aprovado na manhã desta quarta-feira (28.
Não havia nenhuma explicação que justificasse o adiamento do projeto de reajuste de 4% dos servidores. Alguns vereadores não viram outra opção senão deixar o plenário de forma desesperada, pois a ordem do governo era não votar o projeto. Tanto que até o líder do governo se confundiu ao afirmar que não queria o adiamento, mas tinha recebido orientação do governo para não votar a proposta.
O governo deu a entender que queria barganhar com a presidente da câmara, a vereadora Eremita Mota (PSDB), numa clara tentativa de impor o projeto de empréstimo de 160 milhões de reais. Isso foi denunciado pelo vereador Fernando Torres, que chegou a chamar de “chantagem”.
Ficou feio para a bancada governista, que, diante da habilidade da presidente Eremita Mota e sua equipe, os vereadores deixaram o plenário sob vaias dos servidores que lotavam a galeria do Teatro do Centro de Cultura Amélio Amorim.
Nas redes sociais, já se viam ensaios para a tradicional votação dos “judas” que seriam queimados no sábado de aleluia.
